É com profunda dor e pesar, unidos à gratidão e agradecimento a Deus por sua vida e testemunho, que o CESEEP comunica o falecimento no dia de ontem, 28 de junho, de um dos seus fundadores, Jether Ramalho (1922 – 2020), companheiro de sonhos e lutas, sábio orientador e verdadeiro pai.
Foi por dez anos vice-presidente do CESEEP e por outros dez o seu presidente. Permaneceu até o fim dos seus dias, como membro efetivo e depois honorário do Conselho Superior da instituição.
Em nome da Equipe executiva do CESEEP, de sua Diretoria, Conselho superior, Conselho fiscal e de milhares de participantes de nossos cursos, em especial do Curso de Verão vindos de todo o Brasil, da América Latina, Caribe e da África, que foram inspirados por sua palavra e exemplo em prol de um fraterno, aberto e generoso ecumenismo, comprometido com a causa dos pobres e sua libertação, expressamos toda nossa gratidão.
Aos seus familiares, nosso sentido abraço, nossas preces e agradecimento pelo bem que recebemos do Jether e de sua querida companheira Lucília, ao longo de quase quarenta anos.
Retomamos o fecho da reflexão do Jether sobre sua própria vida marcada por seu compromisso ecumênico em que foi mestre e guia para todos nós:
“Acho que o ecumenismo é um dos grandes movimentos do século XX, século em que ocorreram grandes mudanças tecnológicas e sociais.
Às vezes confundimos movimento ecumênico somente com movimento institucional. Ele é maior que a instituição. Frequentemente queremos resumir o movimento ecumênico ao CMI (Conselho Mundial de Igrejas), ao CLAI (Conselho Latino-americano de Igrejas), ao CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs).
Não acho que vivemos uma crise do ecumenismo, pois ele ganhou outra dimensão que não a institucional.
Não se vê mais, no católico, alguém para se converter ou, no candomblé, um sinal do diabo.
O ecumenismo não é só instituição, é uma nova cultura, um novo espírito de humildade, enfrentando novos problemas como a ecologia, a desigualdade racial e social, o direito das mulheres, etc.”.