“A Fala dos Sintomas” foi o tem do 4º dia do Curso de Verão 2022, realizado na última quarta-feira (10), que contou com a assessoria do médico psiquiatra e professor, dr. Adalberto Barreto.
Dr. Adalberto aprofundou-se na necessidade de compreensão das mensagens dos sintomas, do que eles realmente representam. O médico iniciou sua explanação afirmando que “a dor do corpo é o grito da alma”, sendo o sintoma uma manifestação de alerta para ajustes de condutas.
A afirmação foi devidamente exemplificada com os últimos acontecimentos, que afetou todo o mundo. Para o psiquiatra, a Covid-19 nada mais é que uma resposta à humanidade, de como vem sendo explorado o “Planeta”, da política econômica destruidora do meio ambiente, da ganância pelo dinheiro que não respeita fronteiras, que não segue regras, não atende as recomendações da Ciência, e tantos outros problemas.
E, mesmo diante de tanto sofrimento e perdas, a mensagem não foi compreendida. O aparecimento de novas variantes do vírus mostra que persistimos em erros que estão afetando a natureza e trazendo graves consequências para todos nós.
“É o momento de olharmos para nós, voltar para casa interior, cuidar do próximo, cuidar do nosso planeta. Enquanto não entendermos essa mensagem, vamos continuar vivenciando tragédias”, enfatizou.
Assim como a Natureza reage às nossas ações, o que acontece na nossa mente, reflete em nosso corpo, chamado de “arquivo vivo”, pelo assessor. É importante compreender a linguagem dos sintomas, o verdadeiro significado dos alertas do nosso corpo.
Muitos sintomas podem estar relacionados a histórias ou relacionamentos passados, a traumas que carregamos, a causas emocionais. “Trazemos memórias, traumas de antepassados que afetam o nosso corpo. O fato de um antepassado ter sido humilhado, por exemplo, pode estar relacionado a problemas na visão”.
“Precisamos investir energia na promoção da Saúde, acolher o mal-estar e abrir outras leituras quanto à origem dessa dor, traduzir a “fala dos sintomas” para perceber o homem em sua totalidade”.
Dr. Adalberto ressaltou ainda a importância de sair do campo energético poluído pela intensificação da raiva, de ressentimento e mágoas. “Quando estou pensando em alguém que estou com raiva, a energia vai para essa pessoa, mas volta em dobro para mim”, disse.
Livrar-se desses sentimentos não é uma missão fácil, é necessário “perdoar”. “Estamos falando em “perder” e “doar”, se desligar do que te faz mal e buscar sua libertação, acreditando na cura e buscando nossos caminhos.” Essa conduta não só muda o seu campo energético, como liberta os seus antepassados e os seus descendentes. “É um processo de cura cósmica, já que quando resolvo o meu problema, eu resolvo dos meus antepassados que não o resolveram e impeço meus filhos, meus netos, de reproduzir aquilo”.
O assessor encerrou dizendo que “o corpo material é o palco em que as imagens da consciência se esforçam para se expressar”, exemplificando várias doenças relacionadas com problemas emocionais, como as dores articulares que são um grito das pessoas isoladas, com dificuldades de adaptação ao novo, ao diferente. Dr. Adalberto aproveitou a oportunidade para uma reflexão sobre o “medo de tomar decisões, de avançar na vida ou mudar de direção”.
Sendo assim, por meio de experiências de saúde integrativas e comunitárias, é possível identificar as mensagens dos sintomas, buscar uma reflexão sobre o sentido do sofrimento corporal no seu contexto relacional e existencial, a fim de propor uma mudança comportamental para uma vida mais autônoma e saudável.
Mônica Santos
Equipe de Comunicação